junho 24, 2013

Saúde integral: as relações entre saúde e espiritualidade

                                                  http://www.periodicos.est.edu.br/index.php/estudos_teologicos/article/view/101/93
 
     Um estudo que revisou 850 artigos sobre saúde mental e espiritualidade
concluiu que a maioria das pesquisas bem conduzidas mostrou que altos níveis de
envolvimento religioso estão positivamente associados a indicadores de bem-estar
psicológico (satisfação de vida, felicidade, afeto positivo), bem como com menos
depressão, pensamento suicida e abuso de álcool e drogas.8
 Curiosamente, o impacto positivo do envolvimento religioso na saúde mental mostrou-se ainda mais forte
entre pessoas que estavam sob circunstâncias estressantes de vida, como velhice, desemprego e problemas de saúde.  Além disso, também a OMS (Organização Mundial de Saúde) recentemente desenvolveu o instrumento WHOQOL-SRPB, que diz respeito ao módulo  “espiritualidade, religiosidade e crenças pessoais”, com o objetivo de mapear a espiritualidade em diversos países, diante da constatação da relevância do tema para o conceito de saúde.9
 No mesmo sentido, uma pesquisa realizada por Marques10, utilizou o Questionário de Saúde Geral (QGS) e a Escala de Bem-estar Espiritual/Existencial (EBE) para relacionar saúde e espiritualidade numa população de 500 adultos, moradores de Porto Alegre/RS, tendo observado que a saúde geral de uma
pessoa provavelmente está diretamente relacionada com suas crenças pessoais e com seu bem-estar existencial e espiritual.
     O médico Herbert Benson11 pesquisou a chamada “Resposta de Relaxamento” em iogues e praticantes de exercícios espirituais, observando como o  próprio organismo respondia ao estímulo da mente. Além disso, o autor descreve o que chamou de “Fator Fé”, que seria a grande infl uência de uma fé religiosa ou
fi losófi ca profunda, mas não necessariamente devota, para se evocar a Resposta de Relaxamento.12

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8 MOREIRA-ALMEIDA, A.; LOTUFO NETO, F.; KOENIG, H. G. Religiousness and mental health: 
a review. Rev Bras Psiquiatr, v. 28, n. 3, p. 242, 2006.
9FLECK, Marcelo Pio da Almeida et al. Desenvolvimento do WHOQOL, módulo espiritualidade, 
religiosidade e crenças pessoais. Rev. Saúde Pública, São Paulo, v. 37, n. 4, p. 446, ago. 2003.
10 MARQUES, Luciana Fernandes. A Saúde e o Bem-Estar em Adultos Porto-Alegrenses. 2000. Tese 
(Doutorado em Psicologia) – Faculdade de Psicologia, PUCRS, Porto Alegre, 2000.
11 BENSON, Herbert; STARK, Marg. Medicina Espiritual – o poder essencial da cura. Rio de Janeiro: 
Campus, 1998. p. 1.
12 BENSON; STARK, 1998, p. 13-32.

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